
Légua Tirana
Luiz Gonzaga
Distância, fé e saudade no sertão em “Légua Tirana”
“Légua Tirana”, de Luiz Gonzaga, retrata de forma direta as dificuldades enfrentadas pelo sertanejo nordestino, usando a distância como símbolo do sofrimento cotidiano. O título faz referência à expressão popular que descreve o quanto é penoso percorrer longos trajetos a pé sob o sol forte e a seca. Isso fica claro em versos como “Quando o sol tostou as foia / E bebeu o riachão”, que ilustram a realidade árida do sertão, marcada pela escassez de água e pelo clima hostil.
A religiosidade aparece como fonte de esperança, especialmente na menção a Padre Cícero: “Fui inté o Juazeiro / Pra fazer minha oração / Padim Ciço ouviu minha prece / Fez chover no meu sertão”. A fé é apresentada como um apoio fundamental para suportar as adversidades, refletindo a devoção característica do povo nordestino. Além disso, a música aborda o tema da saudade e do amor, evidenciado no desejo de reencontrar Ana e no cuidado de trazer presentes para os familiares: “Trago um terço pra Das Dores / Pra Reimundo um violão / E pra ela, e pra ela / Trago eu e o coração”. Esses versos mostram como o sofrimento da caminhada se mistura à esperança do reencontro e à valorização dos laços familiares, elementos centrais na cultura do sertão.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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