
Xote dos Cabeludos
Luiz Gonzaga
Choque cultural e humor em "Xote dos Cabeludos" de Luiz Gonzaga
Em "Xote dos Cabeludos", Luiz Gonzaga usa o humor para retratar o choque entre a tradição sertaneja e as novas tendências urbanas dos anos 1960. Ao descrever o "cabra do cabelo grande" com "cinturinha de pilão", "calça justa" e "salto alto", Gonzaga faz uma caricatura dos jovens que seguiam a moda dos cabeludos, influenciados por movimentos como a Jovem Guarda. Esses traços destoavam do perfil valorizado no sertão nordestino, onde a aparência e o comportamento tradicionais eram muito importantes. O verso "Cabra assim não tem vez não" deixa claro que esse tipo de figura não era aceito ou compreendido naquele contexto cultural.
A letra também valoriza o homem sertanejo tradicional, destacando qualidades como coragem e força em frases como "brigou com Lampião", "amansa burro brabo" e "trabalha sol a sol". Além disso, menciona figuras religiosas como Padre Cícero e Frei Damião, reforçando a ligação com a fé e os valores do sertão. Apesar de algumas lendas sugerirem que a música seria uma crítica direta a artistas como Roberto Carlos, o xote é, na verdade, uma crítica bem-humorada às mudanças culturais e à resistência do sertão em aceitar modismos vindos de fora. Gonzaga transforma o estranhamento diante do novo em motivo de riso, sem perder o respeito pela tradição.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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