Penas do Tiê

A Natureza do Amor em 'Penas do Tiê' de Luiz Gonzaga

A música 'Penas do Tiê' de Luiz Gonzaga é uma celebração poética da natureza e do amor. Luiz Gonzaga, conhecido como o 'Rei do Baião', é um dos maiores ícones da música nordestina brasileira. Sua obra é marcada por uma profunda conexão com a cultura e a paisagem do sertão nordestino, e 'Penas do Tiê' não é exceção.

A letra da música começa com uma série de perguntas retóricas que evocam imagens vívidas da natureza. Gonzaga menciona a cantoria dos pássaros ao anoitecer, o canto triste da araponga anunciando a chuva, e o sabor da guabiroba madura. Essas imagens não são apenas descrições da natureza, mas também metáforas para sentimentos e experiências humanas. A natureza aqui é um reflexo do estado emocional do eu lírico, que encontra beleza e melancolia nas pequenas coisas do cotidiano.

No refrão, Gonzaga faz uma comparação direta entre seu amor e os elementos naturais descritos anteriormente. Ele diz que seu amor tem 'um pouquinho disso tudo' e que a cor dos lábios de seu amor é como as penas do tiê, um pássaro conhecido por suas penas coloridas. Essa comparação sugere que o amor do eu lírico é tão vibrante e cheio de vida quanto a própria natureza. Além disso, quando seu amor canta, até os passarinhos ficam mudos, indicando que a voz de seu amor é tão bela que silencia até a natureza.

'Penas do Tiê' é uma canção que celebra a beleza da natureza e do amor, mostrando como ambos estão interligados. Através de suas metáforas e imagens poéticas, Luiz Gonzaga nos convida a apreciar as pequenas belezas da vida e a reconhecer a profundidade do amor em nossas próprias experiências.