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Meu Relato

Luiz Marenco

Letra

    Se acabou a primeira sova do jeito mais desastrado
    Rodou o amadrinhador num lançante esburacado
    Que bagual corcoveador e meio louco o bragado
    Deixou as pilchas do Almançor penduradas nos farpados

    Que carreira mal havida deu o baio meio focinho
    Mas o povo nas balizas diz que ganhou o douradilho
    Cruzou de meio o fiador, se viu foi trampa de fato
    Na guaiaca o julgador e nem bateram o retrato

    São causos das noites grandes entre labareda e sombra
    Um pardo bate o bordão quem não conhece se assombra
    Abre o livro do galpão num relato por milonga
    E é da boca de um peão que este universo se alonga

    Quem lida com touro brabo convém não andar com pressa
    Ontonte no Parador, touro abichado na peça
    Um tiro de meia espalda foi que fez a porcaria
    Planchou-se a égua gateada sem tempo de abrir a presilha

    Bateram as chuvas de julho bufando ar de tragédia
    Norato encilhou o tordilho, foi pra costa a meia-rédea
    Salvou o gado das enchentes e última vez que alguém viu
    Trazia um guaxo no frente cruzando o meio do rio

    O que eu trago desta gente me toca seguir contando
    Não me importa a geografia com a vida de contrabando
    A guitarra que me ronda e um verso de quando em quando
    Busco em "aires" de milonga ar pra seguir respirando!

    Composição: Luiz Marenco / Sergio Carvalho Pereira. Essa informação está errada? Nos avise.

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