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Passo da Noite

Luiz Marenco

Letra

    Quem já cruzou na noite distâncias largas
    E viu a querência inteira sumir no breu
    Precisa a graxa do trevo das invernadas
    Cogote duro do pingo para a jornada
    E o tino de achar no escuro o que se perdeu

    Quem já encilhou em noite de tempo feio
    E não achou suas estrelas formando cruz
    De nada adianta guiar a perna do freio
    No mundo das sombras grandes, cavalo e arreio
    São cegos da madrugada tateando a luz

    Quem ganha a boca da noite jamais esquece
    De haver sido um dos assombros que a noite tem
    Talvez seja um destes vultos que assustam ranchos
    Quem sabe um morcego a mais em asas de poncho
    Alados mas prisioneiros que o sol não vêem

    Hay hora na noite grande que o vento pára
    E vira o mundo perdido na escuridão
    É o mesmo tempo que a voz da macega cala
    O pingo senta de susto arrastando a mala
    E a gente chega a se tocar com a solidão

    Cruzar o passo da noite, rever querência
    Tranquear com a vida nos bastos, surgir do breu
    É reencontrar estrelas num céu de ausências
    Juntar pedaços do mundo das benquerenças
    É o tino que achar no escuro o que se perdeu!

    Composição: Luiz Marenco / Sergio Carvalho Pereira. Essa informação está errada? Nos avise.

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