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Letra

    No altar do campo de ritual antigo
    Senta uma garça que chegou de longe
    De pala branco até parece um monge
    Na taipa velha do açude amigo

    Bombei as poças que viraram lodo
    Ondas escuras que o vaivém balança
    Lombos prateados de traíra mansa
    Onde o mormaço se debruça todo

    Troveja perto com rumor de sanga
    Vento molhado que se esvai fumaça
    Quando branqueia o horizonte passa
    Velha mania de chover em manga

    Os bichos sabem que verão espantar
    A nuvem guaxa que passou de lado
    Algum mistério de judiar do gado
    Nesse brinquedo de enganar quem planta

    E a garça espera na paisagem da alma
    A mesma chuva que se foi embora
    Um dia chove vai chegar a hora
    Que o tempo é tempo mas também tem alma

    Composição: Jayme Caetano Braun. Essa informação está errada? Nos avise.

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