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Milongão Pra Assobiar Desencilhando

Luiz Marenco

LetraSignificado

    Silhueta de um fim de tarde, prenunciando a mesma sombra
    Do tarumã bem copado contra o lado do galpão
    Que larga fumaça branca que mais alto se desenha
    De certo é cambona e lenha na porfia de um fogão

    O gateado apura passo no acôo da cuscada
    Que faz festa pra o retorno dos campeiros na mangueira
    Silêncio se vai aos poucos pelas esporas nas pedras
    E os tinidos da barbela nos escarceios da oveira

    Aos poucos, ouvem-se coplas num assobio compassado
    Que entram galpão à dentro, depois voltam mais sonoras
    Se vão tirando a carona, o xergão e entram mais calmas
    Parecem que campo e alma se mesclam bem nessa hora

    Água nos lombos suados, mais águas pras cambonas
    E o galpão se para quieto pra escutar um campeiro
    Depois de um dia de lida, de invernada e rodeio
    Sobra tempo pra um floreio de um assobio milongueiro

    Um mate recém cevado, silencia o galpão grande
    Reverenciando quietudes nas sombras que aquerenciei
    E quem refaz o seu dia de bem com a vida no campo
    Um pelego sobre um banco é mais que um trono de rei

    Ficou um resto de pasto agarradito no freio
    Esporas mangos e laços e um silêncio esperando
    Alguém de alma lavada á debruçar-se no violão
    E tocar um milongão pra assobiar desencilhando

    Composição: Gujo Teixeira / Luiz Marenco. Essa informação está errada? Nos avise.

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