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Porque Canto Solito

Luiz Marenco

Letra

    O canto claro de um galo
    Fez fiador pra madrugada
    Que retouçou campo afora
    No lombo duro de geada
    Plantou nuvens de fumaça
    Nas ventas da cavalhada

    A bota busca o estrivo
    E o Baio campeia a volta
    Já me acho enforquilhado
    E convido a minha escolta
    Um Brasino carrapicho
    Que, onde pega, não solta

    Depois de habitar o poncho, que traz cismas de braseiro
    Bem quinchado de chapéu, rancho rude do campeiro
    Pra escorar lichiguanas no inverno mais grongueiro
    Pra escorar lichiguanas no inverno mais grongueiro

    Quem nasceu nesta querência
    Não afrouxa nem um tento
    Embuçala o seu destino
    Sabe trançar sentimentos
    Pois tem a alma pilchada
    De sanga, fogão e vento

    Por isso, trago a constância
    De cantar o chão nativo
    Sobram razões pra fazê-lo
    A lida empresta motivos
    Piso sempre a terra firme
    Mesmo tendo o pé no estrivo

    Quando o fim do dia chega, junto ao galpão, desencilho
    E canto tudo o que eu fiz pra guitarra que dedilho
    Na certeza que, amanhã, ela conta pra meu filho
    Na certeza que, amanhã, ela conta pra meu filho

    O canto claro de um galo fez fiador pra madrugada

    Composição: José C. Batista De Deus / Luiz Marenco. Essa informação está errada? Nos avise.

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