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Cavalo Bom Vai Pro Céu

Luiz Marenco

Letra

    "Ficou uma cruz cravada e um silêncio de arreio
    Nem rangido, nem um coscorro da mordedura do freio
    Ficaram estrivos juntos, xergão de carda, suado
    E uma silhueta estendida, da dimensão do gateado"

    Quem foi potro em primaveras, madrugando minhas encilhas
    Já foi barco de alma leve, navegando essas coxilhas
    Cascos de lua crescente, pra o céu grande das flechilhas
    Há de encontrar invernada, rincão, querência ou potreiro
    Lugar que o deus dessa pampa, reserva pra os seus campeiros

    Quem sabe o céu te espere, com garras de corvos negros
    Ou intempéries de chuvas, trocando a dor por sossegos
    Lavando um lombo sem viço, sem forquilha nem pelego
    Quem já foi flor nos setembros, sendo rio grande na praça
    Vai matar campo e flexilha, pra consumir sua carcaça

    Quem soube morrer de velho, destino bom de cavalo
    Numa várzea de sol posto, entrega-se qual regalo
    Pras mãos certeiras do tempo, que nunca erra o pealo
    Pois só quem teve um gateado, conhece as coisas que digo
    Não mate ou venda um cavalo, que estás traindo um amigo

    Quem foi terra sem cobrá-la, retorna agora pra ela
    Querência da minha encilha, fechou pra sempre a cancela
    Entregando os olhos pampas, pra uma estrela sentinela
    Rogando a sombra da cruz, boto no peito o chapéu
    Reverencio pra terra cavalo bom vai pro céu


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