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Estrelas de Chão

Luiz Marenco

Letra

    O chuvisqueiro da tarde, se foi virando aguaceiro
    Entrou a noite encardida, nas nuvens de pêlo osco
    Galopeadita garoa, encharca o poncho campeiro
    Pingam águas de sombreiros, nestes mangaços de agosto

    A solidão toma conta, e aperta a chuva guasqueada
    Para alumbrar madrugadas, nenhuma nesga de lua
    Não se vê uma estrela nua, vir se enfeitar nas aguadas
    Meu pingo fareja estrada, jogo o freio e as cordas cruas

    E então tu surge solita, como a flor do pajonal
    Como uma estrela bagual que é ninho, pão e candeeiro
    E o meu gateado assustado, que facilita e se nega
    Nem faz causo das macegas, só pra bombear teu luzeiro

    Apressa o trote o cavalo, com ganas de galopear
    Não há como sofrenar o queixos de um coração
    O amarguear do galpão, já sinto adoçando a alma
    E a tormenta só se acalma junto as estrelas de chão

    Amanhã se o vento muda, se vão as nuvens a lo léu
    Voltam as estrelas do céu clareando passos e ranchos
    Mas tu que embaixo das quinchas vistes crescer as melenas
    Segue templando morena, a raça bugra dos campos

    Composição: Luiz Marenco / Sergio Carvalho Pereira. Essa informação está errada? Nos avise.

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