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Vaneira da Quitéria

Luiz Marenco

Letra

    Sou estradeiro pois nasci de alma gaudéria
    E hoje eu vou lá pra Quitéria pois conheço bem o vau
    Quebro o chapéu tranco o garrão e meto nojo
    Depois de beber um apojo no bolicho do Selau

    Herdei dos taitas este jeito campesino
    E por isso seu Ervalino sou assim e não me abalo
    Ando solito e não respeito rio cheio
    E onde eu me agrado eu me apeio do recau do meu cavalo

    Minhas ânsias potras que não conhecem mangueira
    Escaramuçam na vaneira e pastam soltas só por farra
    Marcas gavionas com cordeonas de sinuelo
    Que ao cruzarem deixam pelos no alambrado da guitarra

    Me criei solto e guardo a reverência séria
    Pois a alma da Quitéria sopra em mim e me provoca
    Trago na goela rumor de vento teatino
    E fui assim desde menino no costado do tio Zoca

    E eu largo sigo carregando a sina andeja
    Igual carqueja na orquestração natural
    Pois sem costeio muito tenho matreiriado
    Lombo barrado de rolar no banhadal

    Nos dias tristes minha alma deixa a matéria
    E voa livre pra Quitéria se estendendo no repique
    Eu sinto em mim a vibração que vem da terra
    E escuto um grito de guerra do meu tetra avô cacique

    Mesmo distante eu lembro de ti contrito
    Meu campechano distrito que neste canto se esvai
    Estrela pampa perdida na imensidade
    Que alumbra minha saudade e adoça meu sapucai

    Composição: José J. Sampaio Silva / Luiz Marenco. Essa informação está errada? Nos avise.

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