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Vaneira da Bossoroca

Luiz Marenco

LetraSignificado

    Velha vaneira baguala que estufa os foles da gaita
    Riscada de unha e de taita, cheia de furo de bala
    Tomando conta da sala o mesmo que lagartixa
    E o chinaredo cochicha quando seu ronco se cala

    Se mistura no balanço a poeira do chão batido
    E os babados do vestido corcoveiam sem descanso
    E o índio metido a ganso grudado a fita vermelha
    Fica boqueando na orelha num jeitão de sorro manso

    A fumaça do candeeiro se adelgaça e se esparrama
    Perseguindo alguma dama de sorriso feiticeiro
    E nunca falta um salseiro, É tradição secular
    E os índios que vem mamar na garrafa do gaiteiro

    Vaneira que nasceu Guacha, na caixa de uma cordeona
    Mamando numa siá dona destas que escondem a graxa
    Andou na pampa buenacha queimada de Sol e brasa
    E quando não tinha casa, dormia dentro da caixa

    Nos comércios de carreira, nos velórios e carpeta
    Sobre a quincha das carretas ouvindo truco e primeira
    Nos bochinchos de fronteira nunca vai faltar um taita
    Pra dar um talho na gaita e deixar livre a vaneira

    O próprio índio que toca esta vaneira machaça
    É o sacerdote da raça nas bruxarias que invoca
    Nos arrepios que provoca neste galope estendido
    Nos levam ao chão batido dos ranchos da bossoroca

    Composição: Jayme Caetano Braun / Pedro Guerra. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Leonardo. Revisões por 2 pessoas. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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