Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 1.897

Charla de Fronteira

Luiz Marenco

(Aqui me planto, a cantar no destino de guitarreiro
Trazendo um canto fronteiro com marcas de laço e casco
Nas rimas, cheiro de pasto, de mangueira e de galpão
Suor que fica em chergão, estendido as varas do brete
Da graxa que se derrete pelas trempes fogoneiras
Nas manhãs desta fronteira, onde o ritual se repete)

Começo então meu relato, sobre o pago e a gauchada
Léguas de campo buenaço, indiada força no braço e é crioula a cavalhada
Canto sem muito floreio esta terra pacholenta
Onde se mete o cavalo e qualquer que for o embalo
A todo o tirão se aguenta

Canto pra aqueles que entendem este linguajar campeiro
Que foi parido na pampa e carrega a chucra estampa no cantar deste fronteiro
Tiros de laço em rodeio, apartes paleteadas
Pechando o touro no meio
E lidando com a eguada

Fim de semana em bolicho se encontra bochincho grosso
Hay canha, jogo de truco, carreira cancha de osso
E quem nasceu nesta terra, se destaca entre os outros
Se criou numa mangueira
Lidando e domando potros

Disse Martim, meu patrício, encerrando sua história
Suspeitem que lhes dou pau saibam que esquecer o mau também é se ter memória
Vou terminando meus versos, pois me agrada bem assim
Relatei sobre a fronteira, querência de Dom Martim
E vou fechando a porteira
Que a chamarra chega ao fim

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Luiz Marenco e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver mais no Blog


Opções de seleção