Afraid Of Quiet

O medo do silêncio e a ansiedade em "Afraid Of Quiet"

"Afraid Of Quiet", de Lydia the Bard, aborda de forma direta o conflito entre buscar paz mental e temer o silêncio, que pode revelar ansiedades profundas. A música mostra que o medo do silêncio não se resume à ausência de som, mas ao confronto com pensamentos e sentimentos reprimidos. Isso fica claro no verso: “But sometimes I'm afraid of quiet and what that would mean” (Mas às vezes tenho medo do silêncio e do que isso significaria), onde Lydia expressa o receio de encarar o próprio interior sem distrações.

A inspiração da artista vem de suas experiências pessoais com ansiedade, refletidas em versos como: “I'm a pot with no lid and the water is bubbling / Bout to boil over the temperatures doubling” (Sou uma panela sem tampa e a água está borbulhando / Prestes a transbordar, a temperatura dobrando). Essa metáfora mostra a sensação de estar à beira de um colapso emocional. A referência a Alice, em “I'm like Alice, except I'm the only mad one here / Wish I could face what is coming but I keep on running I'm chasing the bunny” (Sou como Alice, exceto que só eu sou louca aqui / Queria conseguir encarar o que vem, mas continuo fugindo, estou perseguindo o coelho), reforça a ideia de se perder em um mundo interno caótico. Lydia também fala sobre estratégias de enfrentamento, como “Working on regulation / Affirmation and therapy / Breath control / Become a better me” (Trabalhando na regulação / Afirmação e terapia / Controle da respiração / Tornar-me uma pessoa melhor), mostrando vulnerabilidade e esperança de superação. O cenário de insônia, com “Tossing and turning / The sun's in the sky / It's 5am / I can't close my eyes” (Me revirando na cama / O sol está no céu / São 5 da manhã / Não consigo fechar os olhos), e o uso do “white noise” (ruído branco) simbolizam o esforço para abafar a ansiedade. Lydia constrói uma narrativa honesta sobre a luta para lidar com a mente, tornando a música identificável para quem enfrenta a ansiedade.