Home (feat. Bebe Rexha & X Ambassadors)

A busca por refúgio emocional em “Home (feat. Bebe Rexha & X Ambassadors)”

A música “Home (feat. Bebe Rexha & X Ambassadors)”, de mgk, ganha ainda mais profundidade ao sabermos que Machine Gun Kelly escreveu suas partes logo após a morte de Chester Bennington. Esse contexto explica o tom de desabafo e a urgência por um refúgio emocional presentes na canção. O refrão repetido – “Home, a place where I can go to take this off my shoulders” (Lar, um lugar para onde posso ir para tirar isso dos meus ombros) – vai além de um local físico, representando qualquer espaço, pessoa ou lembrança capaz de aliviar o peso das dores e incertezas, como o próprio MGK comentou em entrevistas. A ideia de lar como símbolo de pertencimento e segurança é reforçada pela sensação de deslocamento e solidão, mesmo em meio à multidão, como em “Crowded streets, but I'm all alone” (Ruas cheias, mas estou completamente sozinho).

A letra revela o desgaste de quem enfrenta batalhas internas e externas, refletindo tanto as lutas pessoais dos artistas quanto as tensões sociais mostradas no filme “Bright” e no videoclipe. Trechos como “I didn't power through the struggle just to let a little trouble knock me out of my position” (Eu não superei a luta só para deixar um pequeno problema me tirar do meu lugar) mostram resiliência diante das adversidades, enquanto versos como “how did all my dreams turn to nightmares?” (como todos os meus sonhos viraram pesadelos?) expõem o impacto de perdas e decepções. O duplo sentido de “home” – como lugar físico, estado emocional ou até uma pessoa – amplia o alcance da música, tornando-a um hino para quem busca pertencimento em meio ao caos. A ausência de cura para a solidão e a doença, mencionada por Bebe Rexha e X Ambassadors, reforça a mensagem de que o verdadeiro lar é, muitas vezes, uma construção interna ou uma conexão afetiva, mais do que um endereço concreto.