Toutes Les Machines Ont Un Cœur

Humanidade e tecnologia em "Toutes Les Machines Ont Un Cœur"

"Toutes Les Machines Ont Un Cœur", interpretada por Maëlle, explora a relação entre tecnologia e humanidade, mostrando como as emoções humanas se refletem no universo digital. O verso central, “Toutes les machines ont un cœur, t’entends?” (“Todas as máquinas têm um coração, está ouvindo?”), sugere que, por trás de cada máquina, existe algo profundamente humano. A letra destaca o cotidiano conectado, como em “Des doigts Messenger, des pouces ordinateurs” (“Dedos Messenger, polegares computadores”), ilustrando como nossos gestos e sentimentos são traduzidos em interações digitais, como likes, selfies e emojis. Isso evidencia a busca por conexão e validação em meio à tecnologia.

A canção, composta por Zazie e produzida por Calogero, ganha ainda mais significado na voz de Maëlle, que, ao gravá-la, estava no limiar entre a adolescência e a vida adulta. Essa fase de transição aparece na vulnerabilidade dos versos “Et le monde est fragile / Et mon cœur est fragile” (“E o mundo é frágil / E meu coração é frágil”). A música sugere que, apesar do avanço tecnológico, o verdadeiro motor das máquinas é o ser humano, como em “C’est moi le moteur, t’entends? / Dans toutes les machines y a mon cœur dedans” (“Sou eu o motor, está ouvindo? / Em todas as máquinas há meu coração dentro”). Ao mesmo tempo, há uma crítica sutil à dependência tecnológica e à dificuldade de se desconectar, mas também um reconhecimento de que criatividade, sonhos e emoções continuam sendo essenciais, mesmo em um mundo mediado por máquinas.