Criminel (part. Morad)

A Vida no Submundo: Análise de 'Criminel' de Maes com Morad

A música 'Criminel' de Maes, com participação de Morad, mergulha profundamente na realidade do submundo do crime e do tráfico de drogas. A letra é um retrato cru e realista das atividades ilícitas e dos riscos associados a essa vida. Maes descreve a venda de drogas, o lucro obtido e a constante vigilância policial. A menção a 'bendo' e '76' refere-se a locais e códigos específicos do tráfico, enquanto 'guitare et les guitaristes' é uma metáfora para armas e seus portadores. A letra também aborda a tensão constante e a necessidade de evitar a prisão, representada pela 'centrale'.

Morad, por sua vez, traz uma perspectiva semelhante, mas com um toque pessoal. Ele fala sobre a desconfiança e a solidão que acompanham essa vida, além da determinação de nunca trair seus princípios, mesmo sob pressão. A frase 'Ni chivatos, ni maderos' reforça a rejeição a informantes e policiais, enquanto 'Estoy echando tiempo como estar echando cuenta' sugere a passagem do tempo enquanto se lida com as consequências de suas ações. A letra de Morad também destaca a resiliência e a aceitação de uma vida difícil, mas sem arrependimentos.

A repetição do refrão enfatiza a busca incessante por dinheiro ('money-money') e a necessidade de se manter longe dos problemas ('faits divers') para evitar a prisão. A música, com seu ritmo intenso e letras diretas, oferece uma visão autêntica e sem glamour da vida no crime, destacando tanto os perigos quanto a mentalidade necessária para sobreviver nesse ambiente. 'Criminel' é uma obra que não apenas narra, mas também critica e reflete sobre a realidade de muitos jovens nas periferias urbanas, presos em um ciclo de criminalidade e sobrevivência.