Hino de Santarém (Pará)

Identidade e orgulho regional no “Hino de Santarém (Pará)”

O “Hino de Santarém (Pará)”, composto por Maestro Wilson Fonseca com letra de Paulo Rodrigues dos Santos, é uma homenagem à cidade que vai além da simples descrição de suas belezas naturais. O hino utiliza elementos do folclore amazônico, como a referência às iáras flutuando no “rio de anil”, para reforçar a identidade cultural local. Esse recurso aproxima a música do cotidiano e das tradições dos moradores, mostrando Santarém como um lugar único dentro do imaginário amazônico.

A religiosidade e o sentimento de pertencimento também aparecem de forma marcante, especialmente no trecho “Onde o Cruzeiro sem véu / Espelha a sombra da Cruz / No Céu”, que une símbolos nacionais e espirituais à paisagem da cidade. Expressões como “Terra mimosa, de paz e de sonhos de amor” e “Lindo jardim, vivaz canteiro do Céu todo em flor” destacam o tom afetivo e idealizado, apresentando Santarém como um espaço de harmonia e beleza. A menção ao “Tapajós azul” e às “praias alvas e campinas verdes” valoriza as paisagens locais, enquanto a metáfora “princesa da luz” eleva a cidade a um patamar quase lendário.

O contexto histórico da composição, feita para o centenário da elevação de Santarém à categoria de cidade, explica o tom de exaltação e orgulho. O hino fortalece os laços de identidade e pertencimento, tornando-se um símbolo de amor à cidade e perpetuando seus valores para as futuras gerações.