suburbs

Crítica à rotina e ao vazio em "suburbs" de Maggie Lindemann

Em "suburbs", Maggie Lindemann faz uma crítica direta à rotina e ao vazio da vida suburbana. Logo nos primeiros versos, ela expõe o desejo de mudança, mas também a descrença de que isso traga satisfação real: “I could change up my appearance, move away across the states / I'd get married to a stranger that one day you'll probably hate” (Eu poderia mudar minha aparência, me mudar para outro estado / Eu me casaria com um estranho que um dia você provavelmente odiaria). Aqui, Maggie mostra que, mesmo com grandes mudanças externas, a sensação de insatisfação persiste, sugerindo que o conformismo e a superficialidade dos subúrbios são difíceis de superar.

A artista utiliza situações cotidianas, como andar de Uber, enfrentar o trânsito e frequentar clubes, para aproximar a narrativa da realidade de quem vive nesses ambientes. O refrão “Well, wouldn't that be the life?” (Bem, essa não seria a vida?) aparece de forma sarcástica, questionando o ideal de felicidade associado ao estilo de vida suburbano e a pressão para se encaixar. No trecho “It's easy to romanticize big houses and outlet paradise / But every night I pray to die, wouldn't be that hard to say goodbye” (É fácil romantizar casas grandes e paraísos de outlet / Mas toda noite eu rezo para morrer, não seria tão difícil dizer adeus), Maggie escancara o contraste entre aparência e realidade, mostrando o impacto emocional desse ambiente. Assim, "suburbs" revela a busca por autenticidade e pertencimento em meio a expectativas sociais sufocantes.