CIEL

Encanto e ilusão no relacionamento retratado em “CIEL”

Em “CIEL”, GIMS explora a dualidade entre fascínio e desilusão em um relacionamento. Ao chamar a parceira de “magicienne” (“mágica”), ele expressa tanto o encanto quanto a sensação de ser enganado. No verso “Ciel, tu m'avais pas dit qu'c'était une magicienne / Ça n'm'étonnerait pas qu'elle me fasse des siennes” (“Céu, você não me disse que ela era uma mágica / Não me surpreenderia se ela aprontasse comigo”), o artista revela surpresa e uma certa vulnerabilidade diante de alguém que parece ter surgido do nada, trazendo tanto magia quanto confusão. O termo “magicienne” reforça a ideia de que a relação é cheia de truques e aparências, onde nem tudo é o que parece ser.

O videoclipe, com GIMS dirigindo um Ferrari verde em Verbier, reforça o clima de sonho e fuga da realidade, simbolizando o desejo de viver algo extraordinário. Porém, versos como “J'ai fait un cauchemar, j'étais à découvert / J'ai retrouvé la vue dans le Ferrari vert” (“Tive um pesadelo, estava sem dinheiro / Recuperei a visão no Ferrari verde”) mostram que, apesar do luxo, há momentos de fragilidade e desilusão. Em “Aujourd'hui t'as vu ton plus grand défaut / C'est-à-dire que la vie n'est pas comme tu crois / Ça veut dire que tout n'est qu'une question de choix” (“Hoje você viu seu maior defeito / Ou seja, a vida não é como você pensa / Isso quer dizer que tudo é uma questão de escolha”), GIMS reflete sobre as ilusões do amor e a necessidade de encarar a realidade. A música mistura fantasia e melancolia, mostrando que, mesmo que o amor seja passageiro, as lembranças bonitas permanecem.