Exercício de Elogio a Mulheres Que Amei

Relações intensas e despedidas em “Exercício de Elogio a Mulheres Que Amei”

Em “Exercício de Elogio a Mulheres Que Amei”, Makalister transforma a canção em uma confissão sensível e um tributo às mulheres que marcaram sua vida. O título já indica o tom de homenagem, mas o destaque está na forma como o artista mistura referências culturais e imagens de dor emocional para retratar a complexidade dos relacionamentos. Ao citar “crises e surtos como se fosse um som de bjork”, ele associa a intensidade emocional da cantora islandesa à experiência da mulher retratada, sugerindo que suas dores são profundas e artísticas. O verso “um cisne de luto” reforça a atmosfera de perda e melancolia, simbolizando a beleza ferida e a tristeza presentes nas relações.

A letra alterna entre momentos de intimidade e reflexões existenciais, como em “O céu caiu e a gente dança em meio aos escombros”, onde o caos externo se mistura ao desejo de viver intensamente, mesmo diante das adversidades. Imagens como “cicatrizes no pulso” e “as drogas machucam, mas o tédio bate tão forte” expõem a vulnerabilidade dos personagens, que buscam alívio em prazeres imediatos e conexões passageiras. As referências a artistas como Nujabes, Norah Jones e Thievery Corporation criam uma trilha sonora melancólica para as noites turbulentas do narrador. No desfecho, versos como “Não sei se tu cabes nessa cama de uma vida só / Que pena que tu partes” resumem o sentimento de transitoriedade e a dificuldade de manter laços duradouros. Makalister constrói um retrato honesto de amores intensos, marcados por fragilidade, despedidas e uma busca constante por sentido.