Cuatro Babys (part. Trap Capos, Noriel, Bryant Myers y Juhn)

Polêmica e objetificação em “Cuatro Babys (part. Trap Capos, Noriel, Bryant Myers y Juhn)”

"Cuatro Babys (part. Trap Capos, Noriel, Bryant Myers y Juhn)", de Maluma, é marcada pela objetificação feminina e pela abordagem explícita de relações sexuais com quatro mulheres diferentes. A letra detalha características físicas e comportamentais de cada uma, como em “Dos son casadas, hay una soltera, la otra, medio psycho” (“Duas são casadas, uma é solteira, a outra é meio louca”). O tom direto e a ausência de sentimentos ou vínculos afetivos reforçam a ideia de posse e controle masculino, o que gerou forte reação negativa de parte do público e de movimentos sociais, especialmente nas redes sociais.

A música trata da multiplicidade de relações e do prazer sem compromisso, como nos versos “Siempre me dan lo que quiero, chingan cuando yo les digo, ninguna me pone pero” (“Sempre me dão o que quero, transam quando eu mando, nenhuma me diz não”). Maluma defende que a canção retrata a “realidade das ruas”, não sendo uma apologia à violência, mas a letra é permeada por estereótipos machistas e exaltação do poder aquisitivo, com menções a marcas de luxo e dinheiro, como em “Comprando en San Valentín, ya me salieron más caras que un reloj de Ulysse Nardin” (“Comprando no Dia dos Namorados, já saíram mais caras que um relógio Ulysse Nardin”). O refrão repetitivo e a descrição das mulheres como conquistas reforçam a polêmica, levando a pedidos de remoção do videoclipe. Apesar disso, a música se tornou um grande sucesso, mostrando como temas provocativos podem gerar tanto rejeição quanto fascínio.