Nos Comemos Vivos (part. Chencho Corleone)

Dinâmica intensa de desejo em "Nos Comemos Vivos"

"Nos Comemos Vivos (part. Chencho Corleone)", de Maluma, explora de forma direta e sensual a dinâmica de um relacionamento marcado por extremos. A música retrata um casal que vive entre brigas intensas e uma forte atração física, criando um ciclo de separação e reconciliação. O verso “Nos odiamo' hasta amarno', ¿quién entiende eso?” (“Nós nos odiamos até nos amarmos, quem entende isso?”) resume essa contradição, mostrando como desejo e conflito se misturam na relação. O título da faixa sugere não só uma entrega física intensa, mas também funciona como metáfora para o consumo emocional mútuo, em que ambos se "devoram" emocionalmente e não conseguem se afastar, mesmo com as mágoas e discussões.

O contexto do álbum "The Love & Sex Tape" reforça essa abordagem mais crua e urbana, com Maluma buscando resgatar suas raízes no reggaeton. A participação de Chencho Corleone, nome importante do gênero, traz ainda mais autenticidade ao clima de rua e à sensualidade da música. Expressões como “tiene más temporadas que La Casa de Papel” (“tem mais temporadas que La Casa de Papel”) brincam com a ideia de um relacionamento cheio de idas e vindas, enquanto versos como “después de un drinky, se pone nasty” (“depois de um drink, ela fica ousada”) e “yo soy el daddy y ella mi Lassie” (“eu sou o daddy e ela é minha Lassie”) deixam claro o tom sexual e descontraído da canção. A letra explora o duplo sentido entre prazer físico e dependência emocional, mostrando que, mesmo tentando se afastar, o casal sempre volta ao ciclo de desejo e conflito.