Doce Mel

Relações não vividas e humor em "Doce Mel" de Manillê

Em "Doce Mel", Manillê aborda de forma leve e bem-humorada a frustração de amores que nunca chegaram a acontecer de verdade. As metáforas "doce mel que nunca teve no meu pote" e "árvore que nunca nem brotou" ilustram situações em que a expectativa de um relacionamento não se concretizou. Em vez de falar sobre términos, a música foca nos "ex" que, na verdade, nunca foram namorados, apenas paixões passageiras ou ficadas que não evoluíram, como nos versos: "Que nunca nem me pediu em namoro / Que a gente só ficou e eu me apeguei".

A canção ganha um tom mais pessoal ao citar nomes como Rafa, Mateus e Otávio, aproximando a narrativa do cotidiano de quem já se envolveu emocionalmente sem reciprocidade. O humor aparece quando a narradora brinca com a própria tendência de criar expectativas e se apegar, como em "Eu sempre me afogo nesse poço de ilusão". Dessa forma, Manillê transforma a melancolia das oportunidades perdidas em uma reflexão divertida sobre o desejo de viver um grande romance, mesmo que ele nunca tenha realmente começado.