
Mundo Dos Espertos
Mano Chaba
Desigualdade e sobrevivência em “Mundo Dos Espertos” de Mano Chaba
A música “Mundo Dos Espertos”, de Mano Chaba, retrata de forma direta a luta diária dos angolanos diante das dificuldades sociais e econômicas. A letra destaca a frustração de quem se dedica aos estudos, mas não encontra oportunidades, como em “Há quem estudou bué, mas não tem emprego / Há quem não estudou, tá no movimento”. Esse contraste mostra como o esforço individual muitas vezes não é suficiente em um sistema desigual, levando muitos jovens a buscar alternativas na informalidade ou até em pequenos delitos, conhecidos localmente como “burla”.
Mano Chaba utiliza expressões típicas do cotidiano angolano, como “vivemos de burla, game tá violento” e “isso não é viver, é sobreviver”, para reforçar a crítica à falta de políticas públicas e ao descaso do Estado, que “promete, mas não está a resolver”. O refrão “No mundo dos espertos / Tem que ficar quieto / Não toda verdade é para revelar” evidencia que, nesse ambiente hostil, a sobrevivência exige cautela e silêncio, pois expor a verdade pode ser perigoso. Termos como “zunga” (comércio ambulante), “fiscali” (fiscal) e “lombongo” (dinheiro), além de referências ao preço do arroz e da gasolina, aproximam a música da realidade das periferias de Luanda. Ao abordar temas como crianças fora da escola, idosos trabalhando e jovens no crime, Mano Chaba constrói um retrato honesto das injustiças e desafios enfrentados em Angola.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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