Faça login para habilitar sua assinatura e dê adeus aos anúncios

Fazer login
exibições de letras 596

Meu velho fado corrido
Se foste dos mais bairristas
Porque te mostras esquecido
Na garganta dos fadistas

Explicou-me um velho amigo
Como o fado era tratado
Tinha graça o fado antigo
Da forma que era cantado

Um ramo de loiro à porta
Indicava uma taberna
À noite era uma lanterna
Com sua luz quase morta

Sobre os cascos da vinhaça
Deitada em forma bizarra
Estava sempre uma guitarra
Para servir de negaça
O canjirão da murraça
De tosco barro vidrado
Andava sempre colado
Aos copos, pelo balcão
E era assim nesta função
Como o fado era cantado

Se aparecia um tocador
Às vezes até zaranza
Pedia ao tasqueiro a banza
Para mostrar seu valor
Logo havia um cantador
Dando um tom de certo perigo
Provocava o inimigo
No cantar à desgarrada
Até às vezes, com lambada
Tinha graça o fado antigo

Pouco tempo decorrido
Cheia a taberna se via
P’ra escutar a cantoria
Ao som do fado corrido;
Todos prestavam sentido
Quando alguém cantava o fado
O tocar era arrastado
O estilo dava a garganta
Hoje pouca gente o canta
Da forma que era cantado

Escutei com atenção
Um cantador do passado
E a sua linda canção
Prendeu-me p’ra sempre, ao fado

Por muito que se disser
O fado é canção bairrista
Não é fadista quem quer
Mas sim quem nasceu fadista

Adicionar à playlist Tamanho Cifra Imprimir Corrigir

Comentários

Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra

0 / 500

Faça parte  dessa comunidade 

Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Manuel de Almeida e vá além da letra da música.

Conheça o Letras Academy

Enviar para a central de dúvidas?

Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.

Fixe este conteúdo com a aula:

0 / 500

Posts relacionados Ver mais no Blog


Opções de seleção