No Balanço do Tempo
Marcelo Bertagnolli
Êta saudade danada, que habita as estradas por onde passei
Cruzando por encruzilhadas, deixando as pegadas do meu vai e vem
Estrada de terra batida, asfalto, picada ou trilho de trem
Sigo vencendo as distâncias e vi tanta coisa que até já nem sei
Vou no balanço do tempo que o rumo dos tempos me faz prosseguir
Nestes incertos caminhos eu sigo sozinho sem medo de ir
Quem joga a vida na estrada, não conta com nada, não tem direção
E a cada passo no escuro enfrenta o futuro pela contra-mão
Ah coração! Ah coração!
Meu destino é seguir sem parada
Cruzando as estradas com a viola na mão
Ah coração! Ah coração!
Vou cantando as tristezas que tenho
E sigo estradeando a própria solidão
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