PELO O QUE EU ACREDITO (part. Djonga e Sain)

Reflexão sobre identidade e lealdade em “PELO O QUE EU ACREDITO”

“PELO O QUE EU ACREDITO (part. Djonga e Sain)”, de Marcelo D2, é uma música que expõe de forma clara como o artista constrói sua identidade a partir de vivências pessoais e referências culturais. No trecho “rolé de skate, punk rock / Aprendi que a vida ensina a cicatrizar o corte”, D2 conecta sua juventude, marcada pelo skate e pelo punk, à ideia de resiliência diante das dificuldades. As menções à Lapa, à boemia e aos ex-integrantes do Planet Hemp, como Skunk e Yuka, reforçam a importância das amizades e da trajetória coletiva em sua vida. A frase “dei minha cara a tapa” mostra sua postura de enfrentamento ao sistema, algo recorrente em sua carreira.

A letra também aborda sentimentos de perda e saudade, como em “Ficou vazio o meu quarto / A cama e o meu cobertor”, sugerindo a ausência de pessoas importantes, possivelmente Skunk ou Yuka. O refrão “Pelo que eu acredito e por quem tá comigo” resume o compromisso com valores como respeito, fé e lealdade. Versos como “Respeito na balança, quanto vale ou é por quilo?” questionam a autenticidade das relações em um mundo desigual. A referência a “morango com Sucrilhos” simboliza a celebração das pequenas conquistas, enquanto “telhado de vidro” aponta para a vulnerabilidade mesmo diante de aparências de sucesso. No final, os versos em inglês “You won't be here forever / Did you understand?” (Você não estará aqui para sempre / Você entendeu?) reforçam a ideia de que a vida e as relações são passageiras, misturando consciência da transitoriedade com esperança de um futuro melhor para as próximas gerações.