
Hoje
Marcelo Nova
Crítica à alienação urbana em "Hoje" de Marcelo Nova
A música "Hoje", de Marcelo Nova, faz uma crítica direta à alienação e à confusão vividas na sociedade contemporânea. Logo no início, o verso “Tenho dinheiro e CPF, mas não me lembro o meu nome” expõe a perda de identidade causada pela burocracia e pela rotina, mostrando como as pessoas acabam se reduzindo a números e funções. O artista utiliza situações cotidianas e absurdas, como “Sou faixa preta, toco guitarra, um dia vou pular de asa”, para ilustrar a busca por sentido em meio ao caos e à falta de direção da vida moderna.
A letra também aborda a superficialidade das relações, como na referência a “mensagens e telegramas” que se tornam inúteis sem a presença real da pessoa, reforçando o vazio das conexões humanas. O trecho “Olho pro trânsito, olho o sinal, tá tudo engarrafado, vídeo cassete, computadores e homens codificados” destaca a saturação tecnológica e a mecanização das pessoas na vida urbana. A menção a diferentes mulheres interessadas, mas que geram indecisão, ironiza a dificuldade de criar vínculos verdadeiros. O tom irônico e descontraído da canção esconde um fundo de desilusão, especialmente em “Mudei o corte do meu cabelo já nem sei como eu sou”, que sintetiza a sensação de estar perdido. As performances ao vivo, com citações de músicas como “Negue” e “Mr. Tambourine Man”, ampliam o sentido de fragmentação e reforçam a busca por pertencimento em um mundo cada vez mais desorientado.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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