exibições de letras 2.008

Das Confissões De Um Andejo

Marcelo Oliveira

Letra

    Voltei, costeando coxilhas
    Ao tronco do baio ruano
    Bolqueando o sonho aragano
    Sentindo o ringir dos bastos
    Repisando o mesmo pasto
    Que deixei na minha partida
    Quando dei rédeas pra vida
    Ao sentir meus sonhos gastos


    E o meu sonho vinha adiante
    Sentindo o aroma da estância
    Se olvidando da distância
    Escarceando um oh de casa
    Que quando a alma extravasa
    O apego à querência
    O xucro sente a ausência
    E, num upa, bate asas

    Entrei no galpão da estância
    Coberto de picumã
    Lembrei de tantas manhãs
    No mate, de mãe em mão
    Sofrenei meu coração
    Numa prece comovida
    Dei gracias por minha vida
    E o regresso pra o galpão

    Trouxe lições dos caminhos
    No tordilho das melenas
    E nos cravos das chilenas
    Suor de tantos matreiros
    Tinha os olhos prisioneiros
    Na distância dos caminhos
    Pelos repontes, sozinhos
    O meu destino campeiro

    Soltei a cincha do flete
    Me arrinconei num amargo
    Fui sorvendo trago a trago
    Sentindo o fogo de chão
    Desquinando a lição
    Que por mais voltas que faça
    A sina de um índio guasca
    É regressar pra o galpão

    Entrei no galpão da estância
    Coberto de picumã
    Lembrei de tantas manhãs
    No mate, de mão em mão
    Sofrenei meu coração
    Numa prece comovida
    Dei gracias por minha vida
    E o regresso pra o galpão

    Composição: Marcelo Oliveira / Sérgio Sodré. Essa informação está errada? Nos avise.

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