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Tempos Lindos

Marcelo Oliveira

Letra

    Tenho canções no assovio que juntei dos corredores
    Misto de amargos e flores, refrões de sangas e grotas
    Sinais de loros nas botas, riscos de espinhos e espora
    Ontem marcando o agora em cada verso que brota

    Final de esquila na Estância do Arbolito
    A trotezito, larguei meu rumo na estrada
    Pealei uns potro lá na Estância do Açude
    Vim jogar um truco na venda da encruzilhada

    Comprei uns vício no bolicho do Quintino
    Por teatino, me fui de trote chasqueado
    Seguindo o rumo, chapéu com poeira na copa
    Faturar tropa do Rodeio Colorado

    Osvaldo Moura, João da Guarda e o Marino
    Tavam domando na Estância das Casuarinas
    Potrada linda com vigor de campo bueno
    Trote sereno e maçaroca nas crinas

    O Negro Cléo laçava rindo de tirão
    No mangueirão que o Adão Gomes orelhava
    Ciência de doma nas voltas do maneador
    Fibra e valor nas tropilhas que amansavam

    Escola antiga do tempo do Diamantino
    Índio sulino com sabedoria pampa
    Tinha marcantes traços da gente charrua
    Na fronte nua, livro de história na estampa

    Xucras vivências pelos rincões do meu pago
    Por isso, trago no meu olhar de lagoa
    Saudade funda nublando os rumos que tenho
    De onde venho e a própria vida encordoa

    Nesses caminhos, beirando canhadas
    Enxergo meu tempo na sombra que faço
    Colhendo milongas das aves que cantam
    E os pastos levantam depois do meu passo

    Vive a querência no meu canto de a cavalo
    No jeito antigo que tenho de tempos findos
    Da gente nobre que tinha campo no rosto
    Na estância ao posto naqueles tempos tão lindos

    Vive a querência no meu canto de a cavalo
    No jeito antigo que tenho de tempos findos
    Da gente nobre que tinha campo no rosto
    Da estância ao posto daqueles tempos tão lindos

    Vive a querência no meu canto de a cavalo
    No jeito antigo que tenho de tempos findos
    Da gente nobre que tinha campo no rosto
    Da estância ao posto naqueles tempos tão lindos

    Vive a querência no meu canto de a cavalo
    No jeito antigo que tenho de tempos findos
    Da gente nobre que tinha campo no rosto
    Da estância ao posto naqueles tempos tão lindos


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