Da Meia Noite Às Seis

A Vida no Campo: Da Meia Noite Às Seis

A música "Da Meia Noite Às Seis" de Marcio Nunes Corrêa é uma ode à vida no campo, retratando com detalhes poéticos a rotina e os elementos naturais que compõem o cotidiano rural. A letra começa descrevendo a lua cheia, que ilumina a noite quase como se fosse dia, e a presença de animais noturnos como morcegos e corujas, que simbolizam a vigília e o trabalho incessante mesmo nas horas mais escuras.

O segundo parágrafo da letra nos transporta para o ambiente da estância, onde o vento embala as copas das árvores e desperta o sono dos trabalhadores rurais. A imagem do fogo sendo avivado e a cuia de chimarrão passando de mão em mão evocam a cultura gaúcha e a importância dos rituais diários que fortalecem os laços comunitários. A presença do quero-quero, um pássaro típico do sul do Brasil, e o som dos cascos dos cavalos reforçam a conexão com a natureza e a vida simples, mas cheia de significados.

À medida que a madrugada avança, a letra descreve o despertar dos animais e dos trabalhadores, com o galo anunciando a chegada da aurora e os ovelheiros descansando após uma noite de trabalho. A rotina matinal é marcada pelo preparo do café da manhã, com a fragrância do caldo de tutano e o pão ou queijo de cincho, que simbolizam a fartura e a hospitalidade do campo. A música termina com a preparação para mais um dia de trabalho, destacando a resiliência e a dedicação dos trabalhadores rurais, que enfrentam a jornada com coragem e determinação, sempre prontos para o próximo desafio.