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Queda social e dignidade em "Farrapo de Gente"

Em "Farrapo de Gente", Marco Aurélio - o Repentista retrata de forma direta a queda de um fazendeiro que, após enfrentar "negócios malfeitos, uma seca e uma enchente", perde tudo e passa a viver como catador de sucata. A música, inspirada na tradição do repente e marcada por crítica social, mostra como a estabilidade material pode ser destruída por fatores fora do controle, atingindo qualquer pessoa, independentemente de sua origem ou posição. O verso “Por estas ruas andei / Empregos não encontrei / Por isso né transformei / Neste farrapo de gente” evidencia a transição dolorosa do protagonista e a dureza da vida nas ruas.

A canção também destaca a dignidade e o orgulho que resistem mesmo diante da miséria. O personagem recusa esmolas e não compra fiado, mantendo sua "hombridade" apesar das dificuldades: “Só não perdi a hombridade / Que eu trago desde menino”. O contraste entre o passado e o presente aparece em versos como “Hoje eu bebo em litro plástico / Mas já bebi em copo fino”, mostrando não só a perda material, mas também a exclusão social, como quando não é mais aceito nem para "puxar a corda do sino" das igrejas que ajudou a construir. O tom realista e melancólico da música, reforçado pela ideia de que "Pois Deus não diz a ninguém / Qual será o nosso destino", ressalta a imprevisibilidade da vida e a importância da dignidade pessoal quando tudo o mais se perde.

Composição: Marco Aurelio O Repentista. Essa informação está errada? Nos avise.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.


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