A Última Carta

Esperança e saudade em "A Última Carta" de Marcos Roberto

"A Última Carta", interpretada por Marcos Roberto e composta por Antonio Marcelino Vieira (AMV), destaca-se por transformar o ato de escrever uma carta em um símbolo de esperança e desespero diante da ausência da pessoa amada. A música reflete uma tradição da música popular brasileira, especialmente do Nordeste, em que compositores viam suas obras ganharem projeção nacional ao serem gravadas por intérpretes conhecidos, como aconteceu com Marcos Roberto.

A letra mergulha no sofrimento causado pela separação, evidenciado em versos como “Com sua ausência eu sofro tanto / E não consigo acreditar / Que você já me esqueceu e não quer voltar”. O refrão, com a repetição de “Escreva-me, escreva-me, escreva-me a última carta”, reforça o desejo de uma resposta e a esperança de reconciliação, mesmo diante do fim do relacionamento. A imagem da carta manchada de lágrimas mostra a intensidade da dor, enquanto a referência à casa triste sem a presença da amada evidencia o vazio deixado pela separação. O sucesso da música está na forma direta e acessível com que Marcos Roberto transmite esses sentimentos, tornando a experiência da saudade e do desejo de recomeço algo universal e atemporal.