Degrau da Glória
Marcos Violeiro e Cleiton Torres
O poema vem do céu, a viola da oficina
O primeiro cantador nasceu na corte divina
Por isso que os acordes da viola me fascina
Quando o tédio me rodeia que a solidão aproxima
A cantiga me consola devia ensinar viola na escola de medicina
A escritura dá sentido, que é a origem do brasão
Da viola sertaneja, mãe da nossa tradição
Registrou sua patente no templo de salomão
Quando o rei Davi cantou os salmos da salvação
Hoje a viola Brasil retratando seu perfil da raiz do meu sertão
Quem canta só por cantar não sabe o gosto que tem
No tom do pinho que vai e no aplauso que vem
A taça da cantoria e papas do lá do além
Enquanto vida eu tiver vou cantar como ninguém
Cantar pro povão ouvir tocar porque rei Davi
Foi violeiro também
Moda que tem sentimento fica no degrau da glória
Fica permanentemente dentro da nossa memória
Quando o poeta faz rima me lembra o verde da flora
É igual lodo na pedra fica velho e não descola
Por isso canto raiz pra defender meu país
Da rima que vem de fora
Pra defender meu país da rima que vem de fora
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