Nuestra Fosa

Nossa Fossa

Nuestra Fosa

Agora que estamos sozinhosAhora que estamos solos
Vou te contar a históriaVoy a contarte el cuento
Da gangrena do quererDe la gangrena del querer
Uma história amargaUn cuento amargo
Como um outono longoComo un otoño largo
Saindo do letargoSaliendo del letargo
Querendo nos devorarQueriéndonos comer

Vou te contar do arTe contaré del aire
Que ninguém aprisionavaQue no enjaulaba nadie
E que eu prendi pra nós doisY que apresé para los dos
Um sopro impuroUn soplo impuro
Que não desfez os nósQue no aflojó los nudos
Que não derrubou os murosQue no tiró los muros
Do nosso coraçãoDe nuestro corazón

O dia vai se apagandoEl día languidece
A tarde é tão covardeLa tarde es tan cobarde
Que não se atreve a morrerQue no se atreve a perecer
E nossa fossaY nuestra fosa
Vomita borboletasVomita mariposas
Tão lindas e furiosasTan bellas y furiosas
Como um amanhecerComo un amanecer

A luz se foi, e então eu vi tudoSe fue la luz, y entonces lo vi todo
Brilhando do lodoBrillando desde el lodo
E te ofereci meu canto de avestruzY te ofrecí mi canto de avestruz
E um vendaval de beijos desenfreadosY un vendaval de besos desmedidos
Que nada é proibidoQue nada está prohibido
Quando escurece e você apareceCuando oscurece y apareces tú

E assim que a história acabarY en cuanto el cuento acabe
Não haverá volta de chaveNo habrá vuelta de llave
E outro doido vai acreditarY otro demente creerá
Diante do nadaFrente a la nada
Com as asas tatuadasCon las alas tatuadas
Que nada é como acabaQue nada es como acaba
E vai voltar a começarY volverá a empezar

A luz se foi, e então eu vi tudoSe fue la luz, y entonces lo vi todo
Brilhando do lodoBrillando desde el lodo
E te ofereci meu canto de avestruzY te ofrecí mi canto de avestruz
E um vendaval de beijos desenfreadosY un vendaval de besos desmedidos
Que nada é proibidoQue nada está prohibido
Quando escurece e você apareceCuando oscurece y apareces tú

A luz se foiSe fue la luz
E te ofereci meu canto de avestruzY te ofrecí mi canto de avestruz