
Cântico Negro
Maria Bethânia
Afirmação e resistência em “Cântico Negro” de Maria Bethânia
Em “Cântico Negro”, Maria Bethânia interpreta o poema de José Régio com uma postura de resistência clara e direta. O verso repetido “Não, não vou por aí!” destaca a recusa em aceitar caminhos impostos por outros, reforçando a ideia de autonomia e liberdade individual. O contexto em que Bethânia declamou o poema, logo após polêmicas envolvendo a Lei Rouanet, dá ainda mais peso à sua interpretação. Nesse momento, a recusa expressa na letra se transforma em um desabafo pessoal e em uma resposta às pressões externas, especialmente sobre sua carreira e escolhas artísticas.
A letra traz imagens que ressaltam a coragem de seguir o próprio caminho, mesmo que isso signifique enfrentar dificuldades. Trechos como “Prefiro escorregar nos becos lamacentos... a ir por aí” mostram que a autenticidade vale mais do que o conforto do conformismo. A metáfora “levantar a loucura como um facho a arder na noite escura” representa a valorização da paixão e da individualidade, em oposição à previsibilidade dos “jardins, canteiros, pátria, tetos” dos outros. Ao afirmar “nasci do amor que há entre Deus e o Diabo”, a letra reforça a ideia de uma identidade construída na tensão entre opostos e na recusa de rótulos fáceis. O tom do poema, na voz de Bethânia, é de desafio e honestidade, transmitindo a força de quem escolhe ser fiel a si mesmo, mesmo sem garantias sobre o futuro.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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