
Mortal Loucura
Maria Bethânia
Reflexão sobre a efemeridade em "Mortal Loucura"
"Mortal Loucura", interpretada por Maria Bethânia, destaca de forma clara a preocupação barroca com a transitoriedade da vida e a ilusão das aparências. A letra, baseada no poema de Gregório de Matos e adaptada por José Miguel Wisnik, utiliza jogos de palavras e paradoxos para mostrar que tudo o que é terreno, como beleza e prestígio, está destinado ao fim. Isso fica evidente no trecho: “Já sei que a flor da formosura, usura / Será no fim dessa jornada, nada”. Aqui, "usura" sugere tanto o desgaste quanto o apego ao que é passageiro, e a conclusão de que tudo termina em "nada" reforça a visão barroca de vaidade e finitude.
O contexto histórico do poema é essencial para entender a crítica à sociedade e à condição humana. Ao dizer “a vida é emprestado, estado” e “quem não cuida de si, que é terra, erra”, a letra destaca a responsabilidade individual diante da morte, um tema central no Barroco. As referências ao “alto Rei” (Deus) e à “vontade de Deus sagrada” mostram a tensão entre o desejo humano de permanência e a aceitação do destino divino. A interpretação de Bethânia, somada à musicalização, intensifica o tom de reflexão existencial. Ao integrar a trilha de "Velho Chico", a canção também se conecta ao presente, relacionando o drama dos personagens à universalidade da condição humana expressa no poema.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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