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Interlúdio

Marigold

Viver, simplesmente viver, meu cão faz isso muito bem.
Tudo bem, somos animais, mas eu esperava um pouco mais,
não muito, um pouco mais.

Eu não questiono a nossa existência,
eu questiono apenas a nossa sonolência, pra enxergar,
quem está nos influenciando a não pensar?

- "Eu sou uma arma carregada"
- Cala a boca, não seja estúpido! Você vive por quem?
- Eu morro por alguém!
- Não tenho tempo pra suas teorias.

Ah! Sempre teorias, no início valas vazias,
pouco a pouco se enchem de ideologias,
nunca acreditamos, até toda merda transbordar..

A nossa defesa é não acreditar,
pouco a pouco até a ficção se realizar.
No final, não temos voz, não temos grito.

Mas se as portas da percepção estivessem limpas,
tudo apareceria para o homem tal como é: infinito.

"Viver simplesmente viver meu cão faz isso muito bem."
- Alberto da Cunha Melo -

"Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito."
- William Blake -

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Composição: Filipe Souza / Guilherme Caram / Kauhe Souza / Victor Ramos / Will Salvador. Essa informação está errada? Nos avise.

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