This Is The New Shit

Crítica à cultura pop em “This Is The New Shit” de Marilyn Manson

Em “This Is The New Shit”, Marilyn Manson faz uma crítica direta à superficialidade e à repetição da cultura pop. Ele utiliza frases como “Babble, babble, bitch, bitch / Rebel, rebel, party, party / Sex, sex, sex and don't forget the violence” para mostrar como temas como rebeldia, sexo e violência são constantemente reciclados pela indústria do entretenimento. O uso repetitivo desses slogans não é apenas uma provocação, mas serve para evidenciar como o público é mantido em um estado de conformismo e anestesia diante de conteúdos vazios.

Manson também faz referência ao Dadaísmo, movimento artístico que questionava o sentido da arte em um mundo saturado de repetições, reforçando a ideia de que “Everything has been said before / There's nothing left to say anymore” (Tudo já foi dito antes / Não há mais nada a dizer). O refrão “This is the new shit” ironiza a estratégia de vender o antigo como novidade, enquanto versos como “Do we get it? No! / Do we want it? Yeah!” expõem a apatia coletiva: não importa entender, o importante é desejar o que é apresentado como novo. Ao brincar com omissões e duplos sentidos em “And now it's you-know-who / I got the you-know-what / I stick it you-know-where / You know why, you don't care” (E agora é você-sabe-quem / Eu tenho o você-sabe-o-quê / Eu coloco no você-sabe-onde / Você sabe por quê, você não se importa), Manson sugere tanto a saturação de temas explícitos quanto a indiferença do público. No final, ao dizer “So, let us entertain you” (Então, deixe-nos entreter você), ele reconhece que, mesmo consciente desse ciclo vazio, todos continuam participando dele.