Hino à Gratidão

A visão de gratidão total em "Hino à Gratidão" de Mário Lúcio

Em "Hino à Gratidão", Mário Lúcio apresenta uma perspectiva ampla sobre a gratidão, agradecendo tanto pelo "bem" quanto pelo "mal". Essa escolha mostra uma compreensão madura da vida, onde até as dificuldades são vistas como parte fundamental do crescimento pessoal. O artista utiliza paradoxos como “Pamodi ten, pamó ka ten” (por ter, por não ter) e “Pamodi amor, pamó dizamor” (por amor, por desamor) para reforçar que a gratidão deve abranger todos os aspectos da existência, inclusive perdas, dores e desafios.

A inspiração para a música veio durante um momento de meditação no jardim, ouvindo a água sob uma estátua de Buda, cenário que remete à aceitação e serenidade do budismo. A letra segue como uma lista de motivos para agradecer, indo de elementos naturais – “Pamodi agu, pamodi sedi” (por água, por sede), “Pamodi lua, pamodi sol” (por lua, por sol) – até experiências emocionais e sociais – “Pamodi amigu, pamó indimigu” (por amigo, por inimigo), “Pamodi tristi, pamó konténti” (por tristeza, por alegria). O refrão “N kre ser gratu” (quero ser grato) funciona como um mantra, reforçando a intenção de cultivar a gratidão em todas as situações. O agradecimento final, “Muitu obrigadu”, resume essa mensagem universal, que ganhou força ao ser interpretada em diferentes idiomas e por artistas de vários países, mostrando que a gratidão é um sentimento que ultrapassa fronteiras.