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O Fim da Existência

Mário Pinheiro

Letra

    Parece que cedo e muito cedo
    A vida em breve, o fim, darei!
    Eu só peço que não vertas uma lágrima
    Todo aquele que amizade eu lhe dediquei

    Nem tu mesmo, oh mulher
    Que prometi!
    Lhe adorar-te como os anjos
    Que adoram à Deus!
    Quando a vida, eu deixar
    Que será breve!
    Ai, tu não vertas por mim
    Os prantos teus!

    Se da vida, não deixo mais amigos
    Tenham pena, tenham dó destas clemências!
    Mesmo assim, deixo à todos um abraço
    Quando vejo findar-me a existência

    Peço a todos, que coloquem por lembrança
    Lá na minha sepultura pobre
    Uma cruz, anunciando que ali dorme
    Um amigo, um amigo que foi nobre


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