
Alta Noite
Marisa Monte
Solidão contemplativa e tempo suspenso em “Alta Noite”
Em “Alta Noite”, Marisa Monte constrói uma atmosfera de vazio e suspensão temporal por meio da repetição dos versos, criando uma sensação quase hipnótica. A letra destaca a ausência de movimento e companhia, como em “ninguém na estrada andava” e “nem estrela-guia, nem estrela d’alva”, evidenciando uma solidão profunda. Esses elementos não apenas reforçam o isolamento, mas também sugerem um momento de introspecção, em que até as referências naturais que costumam orientar as pessoas desaparecem. Segundo análises e declarações sobre a música, essa escolha foi intencional para transmitir um estado de contemplação e silêncio, onde a falta de estímulos externos convida à reflexão interior.
O cenário descrito — uma noite avançada, sem pessoas, sem água tocada por pés, sem estrelas — funciona como metáfora para fases da vida em que nos sentimos desconectados do mundo. A ausência de “manhãzinha” e “madrugada” indica uma suspensão entre tempos, como se o tempo parasse para permitir ao ouvinte mergulhar nesse espaço de paz e vazio. A influência da bossa nova e a suavidade do arranjo, especialmente na versão original com João Donato, intensificam a sensação de serenidade e contemplação, transformando a solidão em um estado quase meditativo, mais próximo da paz do que do sofrimento.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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