Moda 2

Vivência e ostentação nas periferias em “Moda 2” de Massaru

Em “Moda 2”, Massaru constrói uma narrativa que mistura o cotidiano das periferias de São Paulo com elementos de ostentação e sensualidade. Ele utiliza expressões como “baile, ruinha, Mandela, Marcone que 'tá estralando”, conectando a música diretamente ao universo dos bailes funk e à vivência nas quebradas. Ao citar marcas como Carolina Herrera, motos Kawasaki e bebidas como whisky, Massaru reforça o clima de ostentação e conquista, mostrando como o consumo de itens de luxo se tornou símbolo de status e desejo nesses contextos.

A letra também explora duplos sentidos e imagens sensuais, como em “ela gosta do naipe, ela se molha toda” e “enquanto ela joga essa bunda de quatro”, deixando claro o tom provocativo e direto, característico do trap e do funk. Massaru destaca sua posição de respeito na cena com versos como “tem raiva de mim porque eu tô à frente, né, loc?” e “minha rima é pra frente, eles ficou pra trás”. Ao abordar temas como o fascínio pelo perigo e o glamour da vida bandida, especialmente em “essa mina ama criminoso” e “moleque sem medo na vida do crime”, ele dialoga com questões recorrentes do trap nacional. O clima descontraído e autêntico da música, inclusive nos erros e brincadeiras durante a gravação, reforça o compromisso de Massaru com a espontaneidade e a verdade em seu som.