Sim ou Não II

Em “Sim ou Não II”, escolhas binárias, foco e legado

Em “Sim ou Não II”, Massaru transforma a continuação em postura. A lógica do “sim ou não” vira filtro para cortar ruído, redefinir limites e só deixar entrar o que soma — progresso e legado. No contexto da mixtape Sim ou Não (30 faixas, trap e funk), a faixa marca virada de atitude: “minha vida mando eu”, “não aceita mais ideia que não seja de progresso” e “difícil agradar todos por isso agrado a mim” cravam autonomia. A memória do corre aparece em “desde novo eu tô sozinho” e “ouvi não a cada esquina”, enquanto a cobrança pesa em “vozes na cabeça eu preciso de um tempo” e “eu não posso errar”. O balanço emocional alterna cansaço e pressão com confiança (“eu sou leão”) e foco pragmático (“só ponho dinheiro na mesa”). A gíria de rua — “pagar de louco”, “não goza com o pau dos outros”, “peão que não dá moeda” — ancora o hustle: cortar sanguessuga, blindar energia, priorizar avanço.

As imagens reforçam o alerta e a estratégia: “o mundo não gira, capota” indica que o jogo é instável e exige preparo; “sou caçador, não uma presa” recusa passividade. O papo de legado surge em “deixo meu legado em formato de memória” e se alinha à independência: “resolvo meus problemas, discuto meus ideais”, “sua opinião velha eu não ouço”. Liberdade é mental e prática: “não é só quem tá guardado que vive a vida privado” e “se você não pensa grande, sua mente que tá presa”. A honestidade do “canto o que eu vivo”, somada à mistura de trap e funk, explica a conexão com o público (mais de 9 milhões de streams). A síntese é clara: sim para progresso; não para tudo que atrasa.