
Meu Bê a Bá
Mastruz Com Leite
“Meu Bê a Bá”: da sala de aula à alfabetização do amor
“Meu Bê a Bá” transforma o bê‑a‑bá da infância num manual de alfabetização afetiva: cada lição de escola prepara o eu lírico para aprender a dizer o amor. O ponto-chave é que os “erros” viram método, como a própria letra assume em “Matemática de poeta: quem erra depois certa”. Composta por Luiz Fidelis e lançada em 1994 no álbum Flor do Mamulengo, do Mastruz Com Leite, a canção reflete a marca do forró eletrônico: aproximar cenas simples do dia a dia de sentimentos profundos, usando a escola como metáfora de crescimento emocional.
As lembranças escolares aparecem em imagens concretas e carinhosas: “belisquei tanta merenda”, “na hora da tabuada eu botava as mãos para trás”, “nove e nove, eu dezenove”. A palmatória simboliza o custo do aprendizado — “dava mão à palmatória”/“mas não dava meu pensar” —, deixando claro que errar também é se afirmar. Até a brincadeira com números e rimas revela um raciocínio próprio, afetivo, em que a lógica se molda ao sentimento — a tal “matemática de poeta”.
A virada acontece quando a escola extrapola o portão: “o outro lado do muro a escola é bem maior”. A vida vira a nova sala e o amor, a matéria principal: “minha escola é o mundo e o meu mundo é você”. No desfecho, “já não sou mais analfabeto porque hoje assoletro meu olhar, meu bem querer” resume a metáfora central: a alfabetização emocional. Do caderno e da tabuada ao gesto de amar, o sujeito aprende a “soletrar” o próprio afeto.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



Comentários
Envie dúvidas, explicações e curiosidades sobre a letra
Faça parte dessa comunidade
Tire dúvidas sobre idiomas, interaja com outros fãs de Mastruz Com Leite e vá além da letra da música.
Conheça o Letras AcademyConfira nosso guia de uso para deixar comentários.
Enviar para a central de dúvidas?
Dúvidas enviadas podem receber respostas de professores e alunos da plataforma.
Fixe este conteúdo com a aula: