
Vim Devolver
Matias Damasio
Conflito entre tradição e liberdade em “Vim Devolver”
Em “Vim Devolver”, Matias Damasio apresenta um narrador que reconhece seus erros, mas se mostra incapaz ou indisposto a mudar. Ao repetir “eu sou da rua, eu sou da noite, eu sou da Nguenda, eu sou do corpo”, ele se define como alguém preso a um estilo de vida boêmio e infiel, justificando o fim do relacionamento como algo inevitável. O ato de “devolver a mão da vossa filha” aos sogros reforça a sensação de indignidade, mostrando que o narrador não se sente merecedor do carinho e dedicação da parceira. Isso fica claro em versos como “ela cozinha muito bem, eu é que não como em casa” e “ela me espera toda noite, e eu só chego à madrugada”, que evidenciam o contraste entre o esforço da mulher e a ausência do homem.
A referência à “Nguenda”, gíria angolana para vida noturna e festas, destaca o conflito entre os valores tradicionais de família e o desejo de liberdade individual. A música também gerou discussões sobre machismo, já que a mulher aparece submissa e o homem, mesmo admitindo mentiras e traições — como em “a vizinha que você desconfiava, era verdade” —, não assume responsabilidade real pelo sofrimento causado. Assim, “Vim Devolver” funciona como um pedido de desculpas, mas também como um retrato de autossabotagem e dos limites do autoconhecimento em relações marcadas por desequilíbrio emocional e social.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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