Gorilla Roxo

Hedonismo e excessos em "Gorilla Roxo" de Matuê

Em "Gorilla Roxo", Matuê explora o hedonismo e o excesso por meio de referências explícitas ao consumo de drogas, sexo e ostentação. O título já traz um duplo sentido: "Gorilla Roxo" é tanto uma variedade potente de maconha quanto uma alusão sexual, como no verso “ela me chupa até eu ficar roxo”. Essa sobreposição de sentidos reforça o clima de busca intensa por prazer, característica central da música.

A letra descreve um estilo de vida luxuoso e descompromissado, com menções a marcas de grife como Balmain e Dolce, festas regadas a drogas e a busca constante por experiências sensoriais. O trecho “Ela quer dividir do que eu tenho / Cartão, me passa a senha” evidencia a relação entre desejo, consumo e status, enquanto “Droga e festa lá na minha casa / Fumando o Gorilla Roxo” destaca o escapismo e a gratificação instantânea. Além disso, a influência de Saint Germain, figura mística do século XVIII, aparece de forma sutil, conectando a estética roxa do álbum a uma ideia de transcendência e experiências fora do comum, como em “Eu e você numa brisa espacial / Eu quero ver você bater na Lua”. Dessa forma, Matuê mistura referências materiais e espirituais para retratar uma juventude que busca sentido e prazer em meio ao excesso.