
Bandidagem
Mauricio & Eduardo
Traição e prints em “Bandidagem”, de Mauricio & Eduardo
Em “Bandidagem”, o ladrão vira a referência moral ao chamar de “bandidagem” a traição da namorada. O assalto funciona como gatilho para expor, via prints, que ela já trocava mensagens com o criminoso — ironia que dói mais que o roubo. A cena começa quando ela chega “no maior chororô”, dizendo que levaram bolsa e celular. Tomado de raiva, o narrador manda mensagem e vê que foi “visualizada”. Quando xinga o “malandro”, recebe o “Perdeu playboy” e, em seguida, os prints: “ela falando pro safado que adorava sacanagem”. O verso-chave “eu sou ladrão / mais isso que ela tá fazendo com você é bandidagem” cristaliza o duplo sentido: o termo do crime de rua vira metáfora direta para infidelidade. A surpresa vira choro — “foi caindo água no zoi” —, e a decepção pesa mais que o prejuízo material.
A letra costura tudo com linguagem popular e humor ácido, pontuados por gírias que situam a cena na rua: “busão”, “malandro”, “playboy”, “sacanagem”. O refrão repetido martela o choque e a humilhação pública via prints e “visualizado”, reforçando o desequilíbrio de poder entre vítima e ladrão. Na fala final, o criminoso encerra a moral da história: “Se você quiser o celular eu até te devolvo mas ela se perdeu pra outro”. “Se perdeu pra outro” tem duas leituras: que ela escolheu o próprio assaltante, ou que “se perdeu” moralmente, trocando de lado. Em ambos os casos, fica a mensagem: o bem material se recupera; a confiança, não.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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