
Classe Média
Max Gonzaga
Ironia e crítica social em "Classe Média" de Max Gonzaga
"Classe Média", de Max Gonzaga, utiliza a ironia para expor as contradições e a alienação de parte da classe média brasileira. Logo no início, o personagem se orgulha de ser "papagaio de todo telejornal" e de acreditar "na imparcialidade da revista semanal", mostrando como muitos repetem opiniões da mídia sem questionar. A música destaca a hipocrisia e o distanciamento dessa parcela da sociedade diante das desigualdades sociais, especialmente quando o eu lírico afirma: "Eu quero é que se exploda a periferia toda" e "toda tragédia só me importa quando bate em minha porta". Esses versos evidenciam o egoísmo e a indiferença em relação aos problemas que afetam os mais pobres.
O contexto da música também critica a seletividade da indignação da classe média, que costuma ignorar a violência nas periferias, mas exige medidas radicais quando crimes acontecem em bairros nobres. Isso fica claro em: "Mas se o assalto é em moema, o assassinato é no 'jardins'... aí a mídia manifesta a sua opinião regressa de implantar pena de morte ou reduzir a idade penal". Max Gonzaga usa o humor ácido para mostrar como muitos se dizem informados e cumpridores de deveres, mas apoiam soluções simplistas e punitivas para questões sociais complexas. Assim, "Classe Média" serve como um espelho incômodo, revelando o egocentrismo e a falta de empatia presentes em parte da sociedade brasileira.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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